segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Talvez amanhã.


Talvez amanhã.
By Jepha's
Talvez amanhã quando eu acorde, tudo esteja no seu devido lugar, esperando a minha volta.
Talvez amanhã quando eu acorde, tudo tenha sido apenas um pesadelo, e eu vou estar bem ao seu lado.
Ou simplesmente, talvez não. Talvez, uma palavra assim tão vaga e ao mesmo tempo tão completa depende de em que sentido ela for empregada. Mas mesmo assim, é o tipo de palavra que me deixa estranho, como se me faltasse chão para os pés, ou um exemplo mas comum, que faltasse açucar para o meu café.
Não sei o que pode acontecer amanhã, e nem sei como vai acontecer, não posso prever as coisas, e nem saber como eu vou reagir a elas. Não posso simplesmente tirar as pilhas do relógio e aproveitar o dia de hoje, como se o amanhã nunca fosse chegar.
Não posso simplesmente estacionar a minha vida naquela estrada, e ficar ali esperando o tão esperado amor, o resto do dia, como se o dia não tivesse a possibilidade de acabar, sem que eu encontrasse a verdade.
Existem coisas que machucam, e coisas que te fazem bem, e ao mesmo tempo, existem coisas que te fazem bem mesmo te machucando, o amor é uma delas.
O amor é um dos sentimentos mais vagos que existe, quando você fala de amor, assim, em algum lugar, ele pode servir para milhões de pessoas, quando se fala em amor, não significa que a pessoa está feliz, ela pode amar, e não ser feliz, na verdade, o amor é uma grande incógnita.
Palavras que foram usadas, gestos que foram feitos, se você quer se encontrar nos meus textos, apenas fique atento para a realidade. Eu vítima? Talvez.
Talvez esteja sendo mas uma vítima desse sentimento tão vazio e profundo, talvez esteja sendo vítima de mais uma dose de momentos de dor enquanto não posso ser realmente feliz.
Talvez eu seja assim, porque simplesmente tenho medo de amar, medo de me apaixonar, medo de quebrar a cara, medo também, de me iludir atoa, de não conseguir ser feliz, e muito menos fazer alguém feliz, afinal, isso é relativo, como fazer alguém feliz se nem ao menos feliz você consegue ser?
Nem ao menos consegue se encontrar em suas coisas, ou simplesmente, encontrar o que há mesmo em você.
Te pergunto uma vez mais: como fazer alguém feliz, se você não sabe o que te traz felicidade?
Se você não sabe, se a felicidade que sente quando lê ou ouve certas coisas, é a mesma felicidade que você sente, quando toma um gole a mais do seu café curto.
Como ser feliz e como fazer alguém feliz como se fosse a última vez? Como aproveitar cada segundo como único, e lembrar depois dizendo: valeu a pena.
Como esquecer o que passou e apenas viver o presente, se o que foi dito ontem, ainda magoa meu coração hoje.
Tudo que foi dito, não foi dito em vão, simplesmente para ser esquecido. Nada é dito sem algum sentido, sem nenhum fundamento, nenhuma frase vem, e volta vazia, isso é fato.

2 comentários:

moriarty disse...

O amor é o maior mistério. O mais puro e o mais forte.
É terrívelmente belo e convidativo.
Um abismo que te chama pra dentro dele, e você pula, pronto pra furar teus olhos nos espinhos.

caeiro disse...

cara...tem uma música do paulinho moska (independente de gosto, saca) chamada "vênus", do albúm "eu falso da minha vida o que quiser", que tem uma visão muito interessante do amor...pra mim ele é um estranho sempre bem vindo. embora às vezes arrombe as portas e deixe tudo caido.