segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Remembering the good old times...

Written by Jefferson de Castro.

O garoto estava agora dividido entre seu próprio eu, e o eu de outras pessoas. Era estranho como ele não conseguia parar de se chamar de garoto, afinal, ele já estava crescendo e querendo ou não, construingo seu próprio mundo.
Seus prazeres anteriores já não lhe faziam mais cocegas e agora achava engraçado o modo como suas letras corriam.
Entrar em contato consigo o fazia desejar voar, eram bem raros os momentos em que podia pensar em si, mas quando podia se entretia com cada pensamento rústico.
Seus olhos tentavam ver além daquilo que queria ver, e seu cérebro não parava de ordenar movimentos irreais. Tinha vontade de gritar, talvez dançar, ler, escrever... Prazeres distintos unidos em um único ser.
Seu humor é ligeiro como o voar de uma gaivota, seus movimentos antes mesquinhos e calculistas, agora passam a ser abertos ao mundo. O que leva sua imaginação aos altos são momentos de gracejos com aqueles que se sente bem. Não possui quase nada que gostaria, mas ama tudo aquilo que tem em suas mãos.
A vida para ele parece rápida demais e ao mesmo tempo, lenta demais. Luta todos os dias com descasos e reencontros, não sabe por onde começar mas sabe bem onde terminar.
O que será que procura esse grande garoto que sente seu pulsar com o ritmo da música que ouve. Procura tentar construir seu próprio mundo.
Não sabe falar, mas soa bem tudo que fala.
Passando por parques verdes, vê tudo aquilo como uma grande imensidão. Tem medo de não ser grande e é por isso que ainda se sente um pequeno garoto.
Qual o tamanho do universo diante dos seus sonhos? Qual será o tamanho da escuridão quando tudo aquilo que sonha passar a brilhar?
Guarda seus medos dentro de uma caixa, veste sua armadura da esperteza. Não quer ser maior que ninguém, apenas reconhecido por seus feitos.
O mundo que vive o apontando é o mesmo que sente fala da sua presença.
Onde é mesmo que isso continua?
Ah, sim... Cada vez mais, procura onde esconder suas riquezas, oh sim, ele é muito rico, tem na vida poucos mais grandes amigos, uma mulher que não se compara a mulher alguma, e não há nada melhor do que ver seu sorriso, aquele sorriso encantador, sincero e maduro.
As vezes falha, como qualquer outro, tem certa dificuldade em admitir isso, mas no fundo sabe quando está errado.
Não entende milhares de coisas, não sabe porque muitas coisas acontecem mas acredita que tudo vai mudar.
Seu maior desejo ainda se encontra camuflado por sonhos passageiros. Quer ser tudo, quer estar em todos os lugares, e de fato está... sem sair do seu quarto vai aos lugares mais belos que sua imaginação pode criar.
Não tem vergonha alguma de ser quem é, orgulha-se por ter tido uma boa educação e agradece a todos que o ajudaram a construir sua própria identidade.
Chora com sentimentos momentâneos e ri com paixões intensas. Sabe bem onde guarda sua nostalgia, não quer encontra-la agora, apenas deixar-se levar pelo ritmo forte do seu coração.
Admira muito os pequenos de espiríto porque um dia serão grandes em conquistas. Abomina os grandes em conquistas que nunca foram humildes o bastante para serem pequenos diante dos maiores.
Seus pensamentos voam, apenas com um lápis e um caderno, e tudo que sente agora são os melhores sentimentos: alegria irreal, medo passageiro, sonhos palpáveis e amor incondicional.

02 de Janeiro de 2010

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